quarta-feira, 15 de abril de 2009

Memorial do Convento, a nova obra...


Publicado em 1982, o Memorial do Convento, de José Saramago, narra o período de construção de um Convento, em Mafra, em cumprimento de promessa feita pelo rei D. João V.
Numa primeiríssima análise da estrutura externa da obra podemos verificar também as características da autoria da mesma.
Dada a forma específica de pontuação de Saramago, as expressões Barrocas, expressões cultivas e conceptivas, misturadas com a também estrutura Barroca de Padre António Vieira, a imensa presença da ironia, principalmente no que se refere à nobreza implícita na história, dando assim o desprezo à mesma, a famosa crítica social, a enumeração e a descrição crua e naturalista de alguns factos.

A uma tão completa obra não poderia faltar uma tão completa organização de factos que podem ser compreendidos em três grupos distintos, História - factos históricos reais passados no século XVIII no reinado de D. João V; Ficção - o possível mas irreal romance da Blimunda com Baltazar; Fantástico - onde tudo o que acontece é irreal e impossível de acontecer como os poderes da Blimunda.
Tal como na obra anteriormente estudada, Felizmente Há Luar!, o autor refaz uma fábula quando retira certas acções que se passaram durante o reinado de D. João V para a nossa época e torna a história do Memorial do Convento intemporal...

1 comentário:

Anónimo disse...

Correcção: cultista e conceptista