quinta-feira, 28 de maio de 2009

Balançando...


Balançando entre a Água, o Fogo e a Terra concluo mais do que um trabalho...
O Memorial do Convento e José Saramago, foram para mim os mais desafiantes temas, difícil de ler, difícil de imaginar o autor conduz-nos a variadas ideias que nos expressa entre linhas...
É preciso concentração, atenção e muita força de vontade para se ler uma obra como o Memorial do Convento.
Consegui, li, re-li e exercitei a minha mente com as palavras mais inimagináveis que encontrei e com a especifica pontuação utilizada.
Foi intrigante no principio, lembro-me de começar e pensar, não... não vou conseguir...! Mas como tudo, ou quase tudo, é uma questão de tempo, foi fácil... Pratiquei até que comecei a entrar na onda que me conduziu a Terra firme...
Tudo na vida só acontece com prática, com força de vontade e empenho e tentei aplicar esses três conceitos na construção deste blog e nas análises das matérias que estudamos e dos elementos que escolhi...
Acho que consegui atingir uma meta e posso não sair em primeirissímo lugar, mas o que conta foi ter participado...

terça-feira, 26 de maio de 2009

O que começa também acaba... Entre a Água e a Terra


Foi o exemplo de mais um ano escolar... Momentos especiais, momentos menos especiais... Um balanço um tanto ou quanto positivo.
Gostei de conhecer quem conheci, uns com um espirito livre e uma mente aberta, outros mais recatados no seu proprio mundo... Pessoas... Diferentes umas das outras como quero encontrar ao longo da minha vida...
No meu percurso profissional, um ano enriquicedor! Aprendi sem mais não, e para isso preparava-me para uma outra igual maratona.
Português... a disciplina que nunca pensei ser a mais lúdica no meio de tantas, foi a que mais me surpreendeu pela positiva... Desde trabalhos ao ar livre, Lisboa Pessoana, os blogs fascinantes criados por artistas igualmente fascinantes... Uma ideia e uma imagem diferente de aulas diferentes com uma professora diferente.
Estou cansada, é certo, mas sei que cresci imenso com este ano lectivo que passou e estou pronta para os próximos que se seguem... Com os exames pelo meio eu sei! Grrrr...
Vou deixar um mundo artístico que sonhei e por vezes até exagerei e sei agora que não o fiz correctamente... Mas espero que as gerações seguintes abracem o novo projecto, a nova Escola, a nova Arte e façam deles o que muitos destruiram e eu julgava ser a ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO...
Sorte e empenho acompanhando tudo o resto que é habitual, é tudo o que desejo a quem comigo partilhou o ano magnifico que passou...





Obrigada a todos os que fizeram parte dele...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ora sereno, ora incessante... É o Barroco

Domenico Scarlatti

Numa mesma música, num mesmo estilo musical acontecem muitas variações e as principais que encontro no Barroco são a serenidade com que, na maioria começa a música, e agitação tão incessante que por vezes consegue atingir...
Fantástico... De olhos fechados conduz-me a um salão onde vejo muitas senhoras muito bem vestidas, acompanhadas por cavalheiros com igual vestimenta.
Dançam, dançam sem fim... Coreografias perfeitas em vestidos perfeitos dos quais balançam as suas larguíssimas caudas apenas seguradas pelas pontas dos frágeis dedos, das frágeis damas...
Por seu lado os cavalheiros acompanham e conduzem as damas até ao ritmo da música...
Lembram um luxo, uma riqueza e um poder enormíssimo, tudo o quanto era necessário para a produção destas festas...
Festas de pompa e circunstância, as quais parecem não terminar... Noite fora...
Eles dançam sem parar, a musica toca sem parar... É nos momentos mais serenos que parecem abrandar e descansar, mas segundos depois a agitação transforma esse cansaço numa enorme energia e voltam ao mesmo ritmo alucinante... Incessante... Ele querem sempre mais... Eu também quero ouvir mais...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Diário de Viagem


Tarde… Tratamento imperativamente exímio, talvez por um check in exclusivo, talvez pelos dígitos visíveis no bilhete comum.
Trauma, medo, grito, uma ausência de conforto patente em alguns. Ânsia, desejo, loucura sã, presente em nós.
Um descolar de cento e sessenta e oito pensantes, cinquenta e seis janelas, uma imagem… Mare Nostrum. Uma estreita passagem para o Paraíso, uma aterragem perfeita.
Arte, arte pura num simples aeroporto. Uma visão nocturna incontestável. Vimos cada segundo passar iluminado, iluminando a multidão.
Tal como no purgatório, as portas se abriram, para nós, as do Paraíso. Baptizadas com um chá, e assim começa a nossa viagem.
Num lugar onde a areia protagoniza e a escaca água é azul profundo, foi provado o fruto proibido.
Com vista para a ausência desta terra, saboreando o nascer do sol, libámos o néctar divino, abusando seguidamente da maior fonte de energia.
Quando a noite cai nas dunas desertas, chega-se ao oásis. Pecado a pecado as estrelas do céu não se querem dissipar.
Após uma noite com ininterruptas constelações, vivemos a noite imortalizada, “olvidalmente” impossível.
Nas termas, de Cartágo, ensopadas, apuramos o verdadeiro calor… o Olímpico.Um forte, uma Medina, um todo, uma sensação, numa preclara viagem.Despedida... Não o fim, mas um começo...
Apenas um fim-de-semana passado. Um lugar por descobrir, plantar um oásis no deserto da nossa alma.
Em Cuba salsa o Fidel dançava, na Tunísia Zine Ali pela dança do ventre se fascina. Um espaço onde duas culturas, totalmente opostas, se mesclam. Havana…
Tuk-Tuk, com os cabelos levados pelas tempestades de areia, de camelo motorizado, tradições ocultas conhecemos.
Uma tradição, um casamento, ou dois, neste caso. A tinta preta a inundar cada poro. Uma confusão presa entre paredes altas, ruas estreitas, e palavras desconhecidas.
Gota a gota, vinda do reino divino de Alá, o preto ficou branco, o claro desbotou-se. "Alrgd", trovões, fortes, relâmpagos intensos e impiedosos.
Azul, branco, paz...uma oração... Um lugar encantado onde tudo se rege por duas cores, até os sorrisos e as almas da sua gente, Sidi Bou Said.
Mil e um Mosaicos, Mil e uma Histórias, quatro mulheres, um sultão, entre os arcos de um Harem.
Milésima primeira noite... a última... A despedida de um prazer único e perpétuo.
Um local já antes conhecido, onde todas as despedidas e encontros são confundidos com Départs e Arrivées.
Chateado com o nosso retorno, Alá preparou-nos uma surpresa, um voo turbulento, para um país igualmente instável.

sábado, 16 de maio de 2009

Sem a tua companhia


Como ela, eu fiquei sem a tua companhia, fiquei sem ti! A ela tudo lhe foi tirado, de mim... tu fugiste de mim...
Perdi-te... Perdi a tua atenção, a tua vontade de estar comigo, o teu carinho, o teu amor.
Talvez até nunca te tenha tido, mas dizem que é a força de certos laços é mais forte que a vontade de querer ou não querer, gostar ou não gostar.
Castigas-me, sabes como fazê-lo... Desespero, também eu não posso fazer nada.
Blimunda foi apresentada, no começo sozinha, e no fim sozinha ficou...
Não me quero apresentar nem acabr a minha história assim.
Quero que voltes, não precisa ser em todo basta voltares em pouco parte de ti, a parte que gosta de estar comigo e que quer estar comigo.
Não me obrigues a viver sem ti, como tu e ela viveram sem ele.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Jazz... Jazz e o Barroco...


Uma das vantagens de ser Português é ter como principal disciplina Português, que abrange tão variadas àreas, entre elas a música...

Jazz... Jazz e o Barroco...

Ouvi algumas vezes, também poderia identificar algumas músicas, mas compreender o Jazz, só hoje e foi muito gratificante.
Saber que a "música dos pretos", como muitos lhe chamam, foi iniciada por um grupo de descendentes de escravos que estava em New Orleans, foi a primeira de muitas curiosidades que aprendi.
Todo este ritmo foi-se espalhando pelos Estados Unidos da América, e foi-se adaptando a várias décadas e a vários estilos populares dessas épocas, e é com essa mistura que podemos relacionar o Jazz com o Barroco.
Unindo várias raças, várias culturas, vários países e até continentes, o Jazz é dos estilos musicais que mais se interliga.
Adaptou-se ao Barroco e é dai que fazemos a ligação do Jazz com a matéria que estudamos, onde temos presente no Memorial do Convento, Domenico Scarlatti, músico-compositor.
Aprendendo muito com esta aula diferente, deixo os agradecimentos, aos que a proporcionaram... ao meu colega Afonso Botelho, ao crítico de Jazz Leonel Santos e à Professora Risoleta Pedro!

sábado, 9 de maio de 2009

Um pensar a meio...

Blimunda Sete-Luas


Agora sim se começa a perceber o significado do elemento que escolhi, a Terra, juntamente com a matéria que estudamos, o Memorial do Convento.
Em primeiro pensar, associamos a obra de Saramago à construção da Passarola e por sua consequente à tentativa de voar, logo o elemento mais óbvio seria o Ar, mas como numa primeira opinião geral sobre qual dos temas associavamos a esta obra, houve um comentário que me despertou a atenção, segui-o e consegui-o.
A Terra não tem propriamente uma ligação directa ao convento de Mafra, tem mais uma ligação à sua edificação, à sua estrutura que à primeira vista parace bastante pesada o que nos conduz à ideia de que a Terra o suporta com esforço...
Por outro lado a estória contada no Memorial do Convento, lembra-nos a nossa Terra, o que nós fomos e o que a Terra foi, de uma forma subjectiva, com outros significados, mas a intemporalidade conduz-nos por esse caminho.
Também seguindo as personagens principais desta obra podemos ver que ambas são complementares do elemento Terra, Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas...
Por estes e mais motivos, não muito longe de alcançar a simbologia da Terra, mas também não muito perto, Saramago conta-nos nesta obra uma série de histórias, desde as que são baseadas em factos históricos, às de ficção até aos caminhos do fantástico!
Agora estamos a meio de as analisar e de as pensar uma por uma...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Espera... Espera...


Passavam das sete e eu já desesperava, olhava para o relógio e o tempo parecia não sair do lugar. Lutar contra tanta ansiedade é muito difícil! Esperei... Um, dois, três minutos e voltava a não ver a porta a abrir. Irritada, liguei-lhe... E nada... NADA! Como nada? Tocou, tocou, tocou e ninguém atendeu o maldito telefone... Será assim tão difícil alguém, esse alguém, atender ou até quem sabe entrar?! Se calhar não tem telefone... Se calhar perdeu-se no caminho... Desesperei, corri para a janela para ver se toda esta ansiedade morria, mas não era isso que mudava o que quer que fosse! Já devia ser perto das sete e dez! Tanta pressa! Desse alguém nem vista em cima... Porquê? Será que estava tudo bem? Muita incerteza junta ia na minha cabeça, julgava, mas ao mesmo tempo preocupava-me! Que sentimento de revolta, que sentimento de incerteza! Os que me rodeavam julgavam-me louca, na realidade eu estava louca! Querer e não ter, ter e não ver, põe qualquer um louco! Enquanto eu era julgada o tempo passava e ninguém entrava... Bolas... Desisti! Sete e meia e o sono venceu-me...

domingo, 3 de maio de 2009

Dia da mãe...


A todas as mãe... De todas as mãe... Para todas as mães...

Feliz Dia da Mãe!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Memorial... Ironia de Saramago...


"Sou razoavelmente irónico, é uma das coisas que me caracteriza, além de ser alto e calvo... No fundo, sou alguém que gostaria de brincar, mas não pode ou não sabe fazê-lo. Isso resolve-se em mim pela ironia. Que é muitas vezes virada contra o próprio ou contra coisas e pessoas que muito quer ou estima. Haveria que estabelecer diferenças entre a troça, o sarcasmo, o humor e a ironia, tudo parentes da mesma família mas, como acontece com as pessoas do mesmo sangue, nem sempre se dão bem. Creio que a troça é o pior de tudo; o sarcasmo, às vezes, é a única solução, enquanto que o humor é uma espécie de gazua e a ironia pode ser um disfarce de qualquer coisa grave, dor ou angústia, mas também pode ser prova ou demonstração de amor. De qualquer modo, tento não sentimentalizar as situações que pareciam estar fadadas para tal."


A força da ironia, in A Capital, Lisboa, 26 de Novembro de 1984

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A minha bagagem... A bagagem do Viajante...


Era quase noite fechada quando chegámos à quinta onde ficaríamos para o dia seguinte. Metemos os animais num barracão e comemos o farnel leve, perto de uma janela iluminada, porque não tínhamos querido entrar (ou não nos deixaram?). Enquanto comíamos, veio um criado dizer-nos que poderíamos dormir na cavalariça. Deu-nos duas mantas lobeiras e foi-se embora. Soltaram-se os cães, e nós não tivemos mais remédio que ir dormir. A porta da cavalariça ficaria aberta toda a noite, e assim nos convinha, pois teríamos de sair pela madrugada, muito antes de nascer o sol, para chegarmos a Santarém no principiar da feira.
A nossa cama era um extremo da manjedoura que acompanhava toda a parede do fundo. Os cavalos resfolgavam e davam patadas no chão empedrado, coberto de palha. Deitei-me como num berço, enrolado na manta, respirando o cheiro forte dos cavalos, toda a noite inquietos, ou assim me pareciam nos intervalos do sono. Sentia-me cansado, com os pés moídos. A escuridão era quente e espessa, os cavalos sacudiam as cabeças com força, e o meu tio dormia. Os ruídos da noite passavam por sobre o telhado. Adormeci como um santo: assim minha avó diria se ali estivesse.


José Saramago, A Bagagem do Viajante, p. 24

Promessa feita...


Sentia-se só no meio de tanta gente, desamparada no meio de tanto amparo... Ora veste, ora despe, ora uma, ora outra...
Queria seguir com a tradição, mas algo mais forte a impedia. Como mulher não podia ser de outra maneira, a não ser ela a lutar por isso. Todas as noite, após o esforço e a imobilização a que era obrigada, implorava com toda a sua fé que o milagre se sucedesse.
Já ele na sua visão de homem não pensava sequer nisso, limitava-se a colaborar e depois a exigir que passados nove meses tivesse um herdeiro, macho como ele claro!
Fácil seria falar para quem estava fora dessa história
, imagino pois o constrangimento de alguém tão religioso como ela ao ouvir falar da sua infertilidade. Todo este ambiente não contribuía em nada para o seu relaxamento, mas lá depois de tantas tentativas eis se não uma que resultou.
A felicidade foi geral, um passo enorme... Um filho, um tão desejado herdeiro a caminho do trono...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Era uma vez...


Era uma vez um rei que fez uma promessa de levantar um convento em Mafra.
Era uma vez a gente que construiu esse convento.
Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes.
Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.
Era uma vez...

Memorial do Convento, José Saramago

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Parabéns Terra...


Hoje é o grande dia...
O dia internacional da Terra...
Terra como planeta? Terra como fonte de energia? Terra como base fundamental? Terra como aconchego de almas impacientes por voarem?
Terra! Como não sei, acho que também não interessa muito... É Terra e ponto de exclamação!


O dia da Terra foi criado em 1970, quando o senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição.
A partir de 1990, outros países também começaram a mobilização. Em 1972 foi celebrada a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objectivo foi sensibilizar os líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para sua erradicação. A comemoração refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e à sua manobra, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. Surgiu como um movimento universitário e converteu-se num importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas utilizam-no como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das actividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufacturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos maliciosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a protecção de espécies ameaçadas. Temos que fazer com que estas preocupações façam parte do nosso dia-a-dia, pois esperar um ano para ver como ficou o planeta é muito tempo. Para salvar a natureza a acção tem que ser imediata e sem trégua.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Memorial do Convento, a nova obra...


Publicado em 1982, o Memorial do Convento, de José Saramago, narra o período de construção de um Convento, em Mafra, em cumprimento de promessa feita pelo rei D. João V.
Numa primeiríssima análise da estrutura externa da obra podemos verificar também as características da autoria da mesma.
Dada a forma específica de pontuação de Saramago, as expressões Barrocas, expressões cultivas e conceptivas, misturadas com a também estrutura Barroca de Padre António Vieira, a imensa presença da ironia, principalmente no que se refere à nobreza implícita na história, dando assim o desprezo à mesma, a famosa crítica social, a enumeração e a descrição crua e naturalista de alguns factos.

A uma tão completa obra não poderia faltar uma tão completa organização de factos que podem ser compreendidos em três grupos distintos, História - factos históricos reais passados no século XVIII no reinado de D. João V; Ficção - o possível mas irreal romance da Blimunda com Baltazar; Fantástico - onde tudo o que acontece é irreal e impossível de acontecer como os poderes da Blimunda.
Tal como na obra anteriormente estudada, Felizmente Há Luar!, o autor refaz uma fábula quando retira certas acções que se passaram durante o reinado de D. João V para a nossa época e torna a história do Memorial do Convento intemporal...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Terra, o novo elemento...


O elemento terra é um dos quatro elementos primordiais, para além dos elementos ar, água e fogo.
Opondo-se ao céu, tem a sua simbologia ligada aos princípios passivo e feminino, o tão abordado Yin, e também à criação, dado que em muitas das mitologias antigas existem lendas sobre o dar a vida primordial a partir de um pedaço de terra ou de barro. Tal como a água, a simbologia da terra está ligada à fecundidade, fertilidade, criação e regeneração, como mulher e mãe e, por isso, associada a um carácter doce, firme e permanente.
No Zodíaco, existem três signos que pertencem a este elemento: o Touro, a Virgem e o Capricórnio, que simbolizam sobretudo o materialismo e as sensações, conferindo mais importância ao raciocínio prático do que às considerações teóricas.
Na literatura, na mitologia e na simbologia, a terra é associada ao corpo da mulher e como ela fecundada pelo lavrador quando este a penetra com o arado e lhe lança as sementes.
Para alguns, a terra é a mãe criadora mas também aquela que se alimenta dos mortos, sendo portanto também destruidora. A terra está também ligada ao sagrado e em muitas religiões como a cristã, a judaica ou a muçulmana, as peregrinações a uma Terra Santa ou uma Terra Prometida são rituais de retorno a essa origem primordial e divina. Na América do Sul, algumas tribos de índios voltam à sua terra de origem quando necessitam de renovar as suas energias. Em termos psicológicos e psicanalíticos a terra simboliza o consciente em conflito permanente com os seus desejos e a necessidade de sublimação.
No próximo dia 22 de Abril comemora-se o Dia Internacional da Terra.